
Com foco em atitudes práticas e conscientes, o segundo encontro do CRA-RS Recebe de 2025 trouxe como tema "Um olhar sustentável para o dia a dia", promovendo reflexões e exemplos de como a sustentabilidade pode — e deve — estar presente nas pequenas escolhas cotidianas. 1g667
O evento contou com a mediação do Felipe Baptista de Leão, coordenador da Câmara de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do CRA-RS, e palestra da gestora ESG e de Sustentabilidade da Piccadilly Company, Morgana Marca.
Em sua fala inicial, o . Felipe Baptista de Leão destacou que a sustentabilidade não precisa ser encarada como algo distante ou complexo. “Pequenas atitudes têm impacto real. A sustentabilidade está nas pequenas coisas, nos hábitos que cultivamos no dia a dia”, afirmou.
Morgana apontou que pensar de forma sustentável envolve consciência nas ações mais simples — desde a forma como nos relacionamos com o meio até o destino do lixo que produzimos. “Não existe ‘fora’. O que jogamos fora vai para algum lugar, muitas vezes ao lado da nossa própria casa. Precisamos sair do modo automático e refletir sobre como podemos reduzir nosso impacto diariamente”, disse.
Ela destacou exemplos práticos que começam dentro de casa: separar o lixo corretamente, economizar água e energia — recursos cada vez mais escassos — e optar por marcas e produtos com compromisso socioambiental. “Temos várias gerações convivendo hoje. A nova geração tem um despertar maior para essas questões, mas é fundamental que todas as gerações tenham consciência de seu papel.”
Morgana também chamou a atenção para a realidade do sistema de coleta e reciclagem no Brasil. “Nossa taxa de reciclagem é de apenas 6%. A forma como os resíduos chegam às centrais de triagem muitas vezes é desumana. Precisamos conscientizar a população e investir em estruturas mais adequadas para que a coleta seja feita com menos mistura e mais eficácia”, constatou.
Ao tratar do ambiente corporativo, Morgana reforçou que a sustentabilidade deve estar na pauta de todas as empresas — especialmente as pequenas. “É preciso engajar os colaboradores e começar com um diagnóstico interno. O que estamos fazendo com os resíduos gerados? Como estamos lidando com o consumo de água e energia? Podemos aproveitar a água da chuva? Estamos atendendo à legislação?” Para ela, a sustentabilidade só funciona de forma efetiva quando se torna parte orgânica da cultura da organização. “Não é uma obrigação. É um compromisso com o presente também”.