
“A inovação é necessária, você deve adotá-la se quer conquistar espaço no mercado”. A explanação é do co-fundador da Outsorce Brasil e diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas Aceleradoras de Inovação e Investimento (ABRAII), Alexandre Jacobs, durante o “Inovação como Diferencial Competitivo”, que ocorreu na tarde desta quarta-feira (02), no ENBRA/Mundial. O bate-papo teve o comando do coordenador do curso de istração da ESPM, Roberto Salazar, e a participação do e diretor regional no Rio Grande do Sul da IBM Brasil, Marcelo Violento. w4w3c
Jacobs exaltou a importância de inovar em todos os aspectos da empresa e não apenas no produto, trazendo ao público exemplos de organizações que eram fortes em outra década, mas foram substituídas porque não inovaram. “Inovar no produto é fundamental, mas é preciso pensar além. Uma ideia hoje precisa ser presumida juntamente com o impacto social que ela causa, o preço, a experiência que ela a para o cliente, entre outros fatores”, explicou. Segundo ele, muitos foram desafiados a usar aparelhos eletrônicos, como o celular, há 15 anos. Hoje, o principal desafio é praticar e implantar a inovação. “As pessoas têm informação quando e onde elas quiserem e isso revolucionou a forma com que nos relacionamos. Vivemos a ‘Era da Inovação’, onde todos têm capacidade de inovar”, disse.
O alertou ainda para a tendência da economia do compartilhamento. “A inovação vai acontecer e você terá que decidir como se relacionará com ela”. Ele realça que as empresas tradicionais não estão preparadas para receber o novo. “Vivemos em um paradigma: o previsível e o inovador. Grande parte dos empresários seguem um caminho já feito, são previsíveis, e acabam perdendo para a concorrência”, ressaltou.
Já para Violento, a gênesis da inovação é a busca pela mudança e a crise estimula a procura pelo novo. “Costumo dizer que a maior instigação é alcançar a própria inovação para depois implantar uma mudança”. O conferencista apontou que o profissional hoje tem o dever de incorporar inovação, transformar um produto que já exista em novo. “Mudar a maneira que se consome, que se vende ou que se vivencia algo que já existe é uma inovação”, analisa. Ele acrescentou que há mercado para o novo em qualquer área e que quem tem a inovação em seu negócio não está preocupado com a crise.
Como traduzir dados que os indivíduos fornecem por meio da tecnologia é considerada por Violento o futuro da inovação. “90% dos dados mundiais foram produzidos nos últimos dois anos. É preciso usar essa informação para gerar valor para a sociedade, criar experiências, conhecer seu público”, concluiu.